quinta-feira, 29 de novembro de 2012

NÚMERO DE IDOSOS CRESCE 55% EM 10 ANOS E REPRESENTAM 12% DA POPULAÇÃO


Característica comum da população em países desenvolvidos, o Brasil começa a ver crescer "de forma acelerada" o número de idosos. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira, mostra que a quantidade de brasileiros com 60 anos ou mais cresceu 55% entre 2001 e 2011. Isso significa que a terceira idade passou de 15,5 para 23,5 milhões de pessoas em dez anos.
 
Com o crescimento, ainda segundo o levantamento do IBGE, os idosos passaram a representar cerca de 12% da população total do Brasil, que é de aproximadamente 195 milhões de pessoas. Antes, em 2001, o grupo das pessoas com 60 anos de idade ou mais era de 9% da população do País.
Este movimento da população brasileira fica ainda mais claro quando analisamos o índice de envelhecimento das pessoas no País. A taxa é medida por meio da razão entre o número de pessoas de 60 anos ou mais que existem para cada 100 pessoas com menos de 15 anos de idade. No mesmo período de dez anos, a taxa passou de 31,7 para 51,8. Isso significa que atualmente há aproximadamente um idoso para cada duas pessoas de menos de 15 anos.
De acordo com o estudo, o envelhecimento da população brasileira é reflexo, principalmente, da diminuição das taxas de fecundidade. Em 2011, a taxa de fecundidade total (que mede o número médio de filhos nascidos vivos que uma mulher teria ao fim do seu período reprodutivo) foi de 1,95 filho por mulher.

O índice brasileiro é bem parecido com a média mundial, que é de 48,2. Mas, para se ter uma ideia, a taxa de envelhecimento no Japão é de 283,6, ou quase três idosos para cada pessoa de até 15 anos.

Para fazer o levantamento, o IBGE utilizou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) dos anos de 2001 e de 2011. Entre outros temas, o estudo intitulado "Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira" traz detalhes sobre as características dos idosos brasileiros.

De acordo com a pesquisa, as mulheres idosas são maioria, assim como a população feminina em geral. Elas são 55,7% das pessoas com pelo menos 60 anos de idade, contra 44,3% de homens. Além disso, a maioria, aproximadamente 84%, vive em regiões urbanas do País, enquanto somente 15,9% estão em áreas rurais.

Outro dado é que, apesar da idade avançada, 63,7% dos idosos são pessoas de referência na família, ou seja, responsáveis pelas condições no domicílios. Fora esses, 14,4% dos idosos brasileiros vivem sozinhos, sem parentes, parceiros, filhos ou agregados. Além disso, 76,8% deste grupo recebe algum tipo de beneficio da previdência social.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6336574-EI306,00-Numero+de+idosos+cresce+em+dez+anos+no+Brasil+diz+IBGE.html em 29/11/12, as 11h05min.

sábado, 3 de novembro de 2012


ADAPTANDO A CASA PARA O BEM ESTAR
E A SEGURANÇA DA PESSOA IDOSA

Em todas as fases da vida, nossa casa tende a refletir aquilo de que gostamos e o que somos. Com o passar do tempo, é preciso adaptar a casa às necessidades dos moradores. No caso dos idosos não é diferente. Para pessoas com idade avançada, uma das dificuldades mais comuns é a de locomoção pelo imóvel. Afinal, os cabelos brancos costumam vir acompanhados de perda de força física, reflexos mais lentos e menor acuidade visual.

“Dependendo da idade e da sua condição física e motora, o deslocamento pode ser dificultado ou facilitado com objetos, degraus e batentes etc.”, afirma a professora de Educação Física Sara Azevedo, que trabalha em Belo Horizonte com projetos ligados a qualidade de vida.

Na adaptação, um dos itens importantes é a iluminação. É preciso deixar o caminho bem clareado, principalmente do quarto para o banheiro e a cozinha. “Às vezes, a pessoa pode ir ao banheiro até quatro vezes na mesma noite”, diz o arquiteto Robson Gonzáles, da Arpa Arquitetura & Acessibilidade, em São Paulo. “Por isso, é preciso que ela possa acender a luz antes de se levantar, em abajures ou interruptores ao lado da cama”. A arquiteta Carolina Danielian, também de São Paulo, vai além: “o melhor é instalar sensores de movimento no caminho entre o quarto e o banheiro e entre o quarto e a cozinha”. Gonzáles sugere que se evite luz de teto, já que é difícil para o idoso trocar a lâmpada. Prefira abajures e arandelas.

O revestimento também requer atenção especial. Nos banheiros e na cozinha, é preciso ter pisos antiderrapantes (não apenas na área do boxe, mas em todo o cômodo). Os tapetes devem ser retirados, para evitar tropeços. “Mas se o idoso não permitir, como aconteceu com a minha avó, o ideal é embutir no piso. Eu tirei o piso do local e grudei o tapete, para evitar desnível”, conta Gonzáles.
Barras de apoio e corrimãos são outra preocupação. As barras no banheiro (tanto ao lado do vaso sanitário quanto no boxe) e ao lado da cama ajudam o idoso a se levantar mais facilmente. E o corrimão na escada é essencial em todas as casas. Outro utensílio no banheiro que pode ajudar são as cadeiras para banho, que podem ser fixadas à parede ou de plástico.

Ainda para o banheiro, Gonzáles sugere que o boxe não seja de vidro. O melhor é usar cortina, que não machuca a pessoa caso ela caia no banho e que facilita o acesso à área do banheiro para cadeirantes. “Se quiser usar boxe de qualquer maneira, é imprescindível que a folha de correr seja a de fora, para que a pessoa não corra o risco de prender a porta no caso de uma queda ou acidente”, explica o arquiteto.

Objetos acessíveis

Outra estratégia que facilita a vida do idoso é manter todos os objetos acessíveis, para que ele não precise abaixar ou se esticar para pegá-los – e menos ainda subir em cadeiras ou escadas. Por isso, os eletrodomésticos da cozinha, como micro-ondas, devem estar em uma altura de 80 cm a 90 cm, ou no máximo 1,20m, sugere Gonzáles. Já as tomadas devem estar a uma altura de 40 cm a 50 cm.
A mobília não pode ficar no meio do caminho, e devem-se evitar objetos pontiagudos, como mesas de centro ou vasos.

Um quarto que facilite a mobilidade

O quarto deve ser bem iluminado e com poucos móveis. O caminho entre a cama e a porta não pode ter nada que atrapalhe o idoso. Além disso, é importante que a cama tenha uma altura entre 46 e 50 cm. “Para evitar quedas, é necessário adotar móveis sem quina e de preferência fixos ao chão”, explica Carolina Danielian.

Cozinha que não engana

Outra dificuldade do idoso é diferenciar tons (por conta da dificuldade de visão). Por isso, é preferível que a pedra da pia não seja reta nem escura – essas são tonalidades parecidas com a dos talheres, por exemplo. Bege ou branco é melhor, pois evita que a pessoa se machuque. Também é importante que haja espaço na cozinha para que o idoso possa se locomover sem dificuldades.

Área externa: sinal de alerta

As áreas externas podem ser muito perigosas. Por isso, é preciso ter pisos antiderrapantes, corrimãos e barras. “É preciso evitar desníveis pequenos – de 1 ou 2 cm –, porque o idoso pode não ver e tropeçar. É preferível um degrau ou um plano inclinado, para que fique claro que é preciso prestar atenção”, diz Gonzáles. “E a iluminação tem que ser um balizador do caminho, para que a pessoa saiba para onde ir”.

(matéria publicada no vidaeestilo.terra.com.br em 01/11/12)




CAMA: Larga, de preferência, com um só travesseiro; a altura deve ser igual a 0,45 m ou 0,50 m (incluindo o colchão) para que a pessoa possa apoiar os pés no chão quando sentada. Além disso, é importante que o móvel tenha cabeceira, para permitir que o usuário se recoste; que o colchão tenha densidade adequada ao peso do idoso e que o cobertor ou a colcha fique preso(a) ao pé da cama, para evitar a sensação de frio.

MESA DE CABECEIRA:  Fixada ao chão ou à parede para evitar que se desloque caso o idoso precise apoiar-se ao levantar. Um detalhe: suas bordas devem ser arredondadas e sua altura cerca de 0,10 m acima da cama.
ROUPEIRO: Portas leves, cabideiro baixo, gavetas com travão de segurança nos deslizantes e prateleiras com alturas variáveis são fundamentais. Outros aspectos facilitadores são a instalação de luz interna – com acionamento ao abrir a porta -, e puxadores do tipo alça.
CADEIRA OU POLTRONA: São uma boa alternativa, já que podem ajudar na hora de calçar meias e sapatos.