quarta-feira, 7 de julho de 2010

IDOSA É MULTADA POR ATRAVESSAR 
LENTAMENTE VIA PÚBLICA


Esta notícia foi veiculada no site Espaço Vital em 29.12.2006 (atualizada agora) e explica que uma americana idosa foi multada por demorar demais para atravessar a rua. Mayvis Coyle, 82 anos, começou a cruzar uma rua movimentada de Los Angeles, EUA, e estava no meio do caminho quando o semáforo liberou a passagem dos carros.

Ela continuou seguindo seu caminho lentamente, com a ajuda de uma bengala. Um policial de moto chegou ao local e a multou em US$ 114 por obstrução do tráfego.  "Eu achei totalmente ultrajante. Ele me tratou como uma criança de seis anos, como se eu não soubesse o que estava fazendo", disse Mayvis.

Um sargento de polícia Mike Zaboski, da Divisão de Tráfego, disse que a polícia vem agindo duramente sobre os pedestres que atravessam as ruas de maneira imprópria porque o número de atropelamentos na cidade atualmente está muito elevado. Ele disse não poder comentar o caso da idosa, mas afirmou que a questão é agora a palavra da idosa contra a do policial que multou. 
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Posteriormente, na via administratuva, a idosa Mayvis conseguiu obter o cancelamento da multa. 

O problema é que semáforos são instalados e o tempo de cruzamento da via pública é calculado para uma pessoa normal, saudável e jovem. Idosos e/ou portadores de alguma necessidade especial (cadeirantes, cegos, etc) tem outro tempo para realizar o mesmo percurso. Caso não sejam considerados, no quesito tempo, significa que idosos e portadores de necessidade não podem cruzar vias públicas, sob pena de serem atropelados.

Em Portugal verifiquei pessoalmente este problema. Os semáforos permitem o cruzamento por segundos e até pessoas jovens tem que correr parte da via pública. Por lá, a maior parte dos atropelamentos e mortes no trânsito registradas ocorrem sobre faixas de pedestres, devido ao elevado número de idosos que caminham pelas ruas de Lisboa.

Os agentes de trânsito devem reavaliar o tempo necessário para o cruzamento das vias públicas por idosos e portadorfes de necessidades, para que seja democrático e acessível à todos.

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